segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Campanha Coração de Confiança

Simone foi escolhida para ser uma das imagens da Campanha "Coração de Confiança". Ver detalhes aqui



Excerto retirado do site http://www.coracaodeconfianca.com

Simone de Oliveira aconselha
Caro amigo,
Está feito! Acabei de assinar o contrato mais importante da minha vida, um contrato que não me irá levar a nenhum palco nem a nenhum ecrã de televisão, mas que me permitirá proteger um dos meus bens mais preciosos: o meu coração.
No âmbito do lançamento do livro 30 Minutos Por Dia Para Um Coração Saudável, as Selecções do Reader’s Digest, em parceria com a Fundação Portuguesa de Cardiologia e outras entidades, estão a promover a campanha Coração de Confiança.
Depois de receber o convite da Fundação, e de saber em que consiste esta iniciativa a todos os títulos louvável, decidi aderir sem hesitar um segundo. Durante os próximos meses, vou dedicar 30 minutos por dia ao meu coração. Sem sacrifícios, sem comer do que não gosto, sem ter que passar horas num health club, bastar-me-ão trinta minutos do meu dia – trinta minutinhos apenas! – para alterar alguns dos meus hábitos alimentares, fazer alguma actividade física (quanto mais não seja um passeio à volta do quarteirão ou no jardim!), combater o stress, enfim, melhorar o meu bem-estar geral e fazer com que este órgão que comanda a vida e, dizem, o amor também, continue a bater, teimosa e apaixonadamente, durante muitos anos mais. Porque sempre amei e continuo a amar a vida!
O livro das Selecções vai ajudar-me com as suas sugestões, muitas tão tentadoras e tão fáceis de seguir que parecem autênticos ovos de Colombo. A minha força de vontade (ou “o meu mau génio”, como eu gosto de dizer!) vai fazer o resto. Vou ganhar esta batalha, como já ganhei tantas outras na minha vida!
Com muita amizade,

Simone de Oliveira

Ah! Provavelmente já ouviu falar desta iniciativa nos orgãos de comunicação. Adira: não custa nada, meça a sua tensão, leia este livro (um seguro de vida, digo-lho eu!) e prepare-se para somar muitos anos à vida. Em troca de 30 minutos por dia. Uma ninharia em troca de uma fortuna!

domingo, 28 de dezembro de 2008

Conversas de Camarim - Fevereiro 2009

Simone de Oliveira e Vitor de Sousa irão estar em Sobral de Monte Agraço, no próximo dia 14 de Fevereiro para mais umas "Conversas de Camarim". O preço do bilhete é 7,5 euros

Mais detalhes em http://www.cm-sobral-monte-agraco.pt/Download.aspx?x=2685696f-7a85-4db7-8000-d6cf5963a65a

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Simone e os 40 anos de carreira - Eu Simone me confesso


Em 1997, Simone comemorava os 40 anos de carreira. Simone lançava nesse ano a biografia, o duplo CD e o espectáculo na Aula Magda tudo com o nome Eu Simone me confesso.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Ribalta

Ribalta
Pedro Bandeia Freire
José Luís Tinoco


Se este olhar me disser
Que a rua é o meu palco
Sou ave a pairar na ribalta
E se a voz alcançar
O fim desta seara
Que invade a cidade e o mar
Sou poema a cantar
Sou a banda a tocar no coreto
No meio do meu jardim
Sou poema de gente sem pressa
Num mundo desperto tão perto de mim
Canto a cor deste cais
Sem ecos de saudade
Sou ave a poisar na cidade
Vejo a tarde nas fontes de vidros
A bailar em cantigas de tempo de paz
Fantasias e caras pintadas
De meias verdades
Inveja e amor
Luz do átrio, sombra, bastidor
Na plateia se arruma a alegria e a dor
O sonho e a aventura
Poema a navegar sobre o céu do meu palco
Do meu mar

Simone no Correio da Manhã

A jornalista Dina Gusmão escreveu sobre Simone de Oliveira, no Correio Manhã, o seguinte artigo


24-Julho-2003
OS FACTOS E AS FOTOGRAFIAS DOS 45 ANOS DE CARREIRA
"A Simone teve duas vozes e dois destinos", diz de si própria a biografada de Nuno Trinta de Sá, sob o título "Um País Chamado Simone". Iniciativa editorial da Garrido, assinala a passagem dos 45 anos de carreira de Simone de Oliveira, a par da edição de um DVD e um CD com o selo da Vidisco.
Integrado na colecção de Fotobiografias e Grandes Entrevistas da editora, o livro sucede a outros que já deram conta da vida e obra de Fernando Pessa, Camacho Costa, Teresa Guilherme, Tony, Maya, Guilherme de Melo, José Hermano Saraiva e António Victorino d'Almeida.Não sendo esta a primeira abordagem fotobiográfica à figura da grande senhora dos palcos, qualquer palco, que é Simone, trata-se de um novo olhar, revisto e actualizado, sobre factos e fotos: o do jornalista Nuno Trinta de Sá. De diva a força da natureza ou animal de palco já lhe chamaram tudo. Chamaram mais do que merecia ouvir. A todos respondeu com a coragem de existir. Sem contemplações. Ela, que "detesta aquela coisa que inventaram, o nacional-cançonetismo que a guindou a anos de ostracismo; não percebe o gozo desta televisão, de certa sociedade que nos querem vender". Ela, que "não imagina odiar. Ela ama, ama sem base e sem fortunas. Adora a outra riqueza, chamada juventude, de espírito".

MUSA DE POETA

No ano de 1969 leva à Eurovisão a "Desfolhada" e traz para casa a controvérsia... A avaliar pela mesma, o País descobria nesse ano: "Quem faz um filho fá-lo por gosto"! Para o poeta, Ary dos Santos, Simone é, simplesmente, "Tejinho", a musa inspiradora. A ela, inspiram-na Rui Veloso e Jorge Palma, Wanda Stuart e Maria João Pires. E mais: Alice Vieira e Guilherme de Melo, a quem une laços que os mantém cúmplices na fé de que "o ser humano pode ser mais humano". Rainha da Rádio e da Eurovisão, o seu currículo é como ela, talhado no excesso, e à comédia e ao drama, soma o musical e a revista, o cinema e a televisão. Resultado: quarenta e cinco anos de carreira, desde que em 1957 se estreou no Cinema Império, Lisboa, protagonista de outra estreia: a do Festival da Canção Portuguesa. De "rainha da Eurovisão e símbolo cultural a irreverente actriz versátil", na síntese de Nuno Trinta de Sá, ela foi a menina dos festivais e a mulher de todos os ofícios."A necessidade aguça o engenho", repete a si própria durante os anos, e não poucos, que lhe levaram a voz. Adormecida a grande cantora que há-de renascer intérprete maior, sobrevive, e com ela dois filhos, dos jornais e revistas onde escreve sobre os bastidores do espectáculo. Ela que já foi mulher-espectáculo! Sobrevive a mais: um cancro de mama que vence com a mesma teimosia com que o faz diagnosticar. Fala dele com desassombro. Deste e de outros cancros: do aborto à adopção do euro. Desconfia-se que não sabe falar de outra maneira... "Na verdade, a determinação e a ética caminham, em Simone, de mãos dadas", lê-se nas primeiras linhas.Por último, registe-se, isto não é uma biografia. É "uma obra na primeira pessoa, a dela, baseada numa conversa gravada de horas a fio, na sua casa ao Príncipe Real, em Lisboa, num fim-de-semana num hotel de Espinho, numa entrevista antiga, em meses de várias pesquisas, leituras e depoimentos". Ainda assim, insiste- -se, por insistência do autor, não é uma biografia. É um "perfil emotivo" de quem, lê-se nas entrelinhas, chegou com conversa sedutora e partiu seduzido pela conversa.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Simone e a Vez e a Voz

A Vez e a Voz foi o espectáculo dos 25 anos de Simone

O espectáculo das bodas de prata de Simone de Oliveira foi polémico: cantigas cortadas, falhas no alinhamento.

Mas antes da polémica, a entrevista à artista, mesmo na boca de cena

sábado, 29 de novembro de 2008

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Simone na imprensa - Século Ilustrado - 1968

Simone e Madalena fizeram capa com Carlos Mendes, em 1968. Ele ganhou o festival RTP da Canção com "Verão". Simone participou com 2 músicas e Madalena não participou no ano de 1968.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Simone e Alma Mahler




A representação da vida de Alma Mahler passou por Lisboa em 2003. No papel principal estava Simone

"The performances are trilingual, the principal language of all the scenesbeing English. One plot line of the simultaneously staged scenes is playedin Portugese, so one can also experience an entire evening in Portugese. Some parts will also be in German. Yet you can also change scenes – and thus language – there by experiencing the European colour of Alma's life in Europe's different languages. "





Informação e fotografias retiradas do site:

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Simone no Bio Channel

Biografia de Simone no Biography Channel



Leilão do kit de participação de Simone do Festival Eurovisão da Canção (1969)






No site http://cgi.ebay.es/, esteve em leilão um set de documentos relativos à participação de Simone de Oliveira no Festival da canção de 1969





















Cartaz do espectáculo Intimidades - Malaposta - 26/Novembro/2007

À um ano, Simone dava um concerto no teatro da Malaposta: Intimidades


A provar que a artista continua ainda no activo, moderna e com muita "fúria de viver"


domingo, 16 de novembro de 2008

Simone @ Vip Manicure

No site da TSF, Vip Manicure com Ana Bola, Maria Rueff e Simone numa conversa com muito sentido de humor

Ouvir conversa aqui


E dia 17/Novembro teremos a versão televisiva

sábado, 15 de novembro de 2008

Simone em francês

Apesar de não ser comum, Simone canta em francês no seu programa Piano Bar.


Voz, acordão e lágrimas

Uma entrevista muito especial a Simone de Oliveira

Um programa de TVI em que um entrevistador inexperiente e nervoso entrevista uma celebridade.

Eis a entrevista à Simone

domingo, 9 de novembro de 2008

Simone no Casino Royal

Simone, no 1º Casino Royal de Herman José. No video, canta o sucesso "Adeus não afastes os teus olhos dos meus"

Imprensa e Simone - "Em férias de sonho, Simone descobre a magia baiana!"


Reportagem da revista Caras (28/Maio/2002), extraída do sites star.sapo.pt


Reportagem e foto de Abel Dias


"Foi preciso esperar até aos 64 anos para conhecer não só o Nordeste brasileiro, como, principalmente, as mágicas paragens baianas”, afirmou, com um ar encantado, Simone de Oliveira ao chegar a São Salvador, para assistir à inauguração oficial do Hotel Pestana Bahia. Depois de já ter passado uns dias em Natal, onde participou, igualmente, na festa de abertura de uma nova unidade de luxo do grupo hoteleiro português, a cantora mostrou-se tão encantada com as surpresas que constavam no programa da estada que afirmou, reconhecida: “Tenho de agradecer muito, muito mesmo, ao Dionísio Pestana , por me ter convidado para a inauguração destes seus novos complexos turísticos. Estou verdadeiramente maravilhada com o acolhimento VIP que nos tem proporcionado. Sendo portuguesa, fico muito vaidosa por ver o nosso país tão bem representado no estrangeiro.” Alargando o gesto de forma meio teatral, exclamou ainda: “Sim senhor, isto é o que eu chamo qualidade de vida. Ainda bem que existem bons empresários e revistas como a CARAS, que nos proporcionam férias destas, que só existem no nosso imaginário. Até parece que sou rica.” (risos) Uma exclamação dita em tom de brincadeira, mas que, como nos afiançaria mais tarde, “é uma realidade inerente à maior parte dos artistas em Portugal”. Nem o seu prestígio, nem os 45 anos de carreira artística, honrando o país aquém e além-mar, chegaram para que o futuro fosse mais sorridente para Simone.“Na minha vida, as coisas nunca me foram servidas de bandeja. Comecei a cantar não porque quisesse seguir uma carreira profissional, mas porque o médico me receitou o canto como terapia, pois estava com uma grande depressão, causada por um problema sentimental. Apesar deste princípio de carreira ser apenas terapêutico, dei nas vistas, e a minha saga musical começou rapidamente, com muita força”, relembrou, momentos antes de colocar o belo vestido azul- claro, evocando Iemanjá, e o turbante feito de quatro panos com que quatro baianas, trajadas também a rigor, lhe cobriram os cabelos. E continuou a desfiar algumas das suas memórias: “Não sou uma mulher fácil, nunca fui. Olhei sempre para as pessoas de frente e disse-lhes sempre o que pensava, arriscando-me, por vezes, a alguns dissabores. Mas não lamento ser assim. Graças a Deus, tenho um génio ‘simoniano’, que, quase de certeza, herdei dos meus avós, o avô Egídio de Macedo, um mulatão fantástico e com imensa raça, de São Tomé, e a avó Jane, uma mulher com fibra, que desafiou a sociedade do seu tempo para fazer valer o seu amor.” No terreiro construído para cenário das nossas fotos, as baianas espalhavam agora pétalas de rosas brancas e acendiam velas. O barulho das ondas misturava-se com o som dos atabaques, numa ladainha que ajudava à evocação de memórias “Tenho ‘apanhado’ muito da vida, mas mesmo assim não lhe viro a cara. Sou uma mulher de paixões tão fortes e avassaladoras que por vezes se transformaram em notícia nacional”, afirmou, sem querer mencionar nomes, embora na memória das pessoas tenha ficado para sempre um dos mais badalados romances dos anos 60, o da cantora com o então galã televisivo Henrique Mendes. “Foram tempestades maravilhosas e fortes, que enfrentámos juntos, mas um dia tudo acabou e o destino fez com que não ficasse mais do que uma recordação. Na minha vida é tudo muito bizarro”, afirma, com uma subtil ironia, continuando: “São muitas as lutas que estão no meu diário. Primeiro, foram as cordas vocais que deram de si, e eu fiquei sem voz. Depois, quando conheci o Varela (Silva, ndr.), pensei que estava ali o meu companheiro para o resto dos dias da minha vida”, diz, lembrando o actor com quem foi casada 23 anos. “Vivemos juntos, casámos, ele foi o marido e o companheiro ideal, que me ajudou a enfrentar um dos piores momentos da minha vida, quando me detectaram um cancro na mama e tive de tirar o peito. Consegui sobreviver, graças ao seu apoio, não só à doença como também à dor de ver o meu corpo decepado. Infelizmente, passados anos, foi a vez dele contrair também um cancro. Desta vez, o destino disse ‘não’, e ele partiu. Voltei a ficar sozinha, embora tenha três netos e dois filhos fantásticos. Cada um tem a sua vida: a Eduarda vive no Luxemburgo e o Pedro, embora esteja em Lisboa, não pára. A vida é mesmo assim, não temos nada que reclamar. Quando eu estiver já muito velha e não der conta de mim, já disse, e sem dramas, que a Casa do Artista tem lá um quartinho à minha espera, porque a vida de artista é mesmo assim. Umas vezes somos remediados para cima, outras para baixo.”Lá em baixo, na orla da praia, os atabaques fizeram-se ouvir de novo, desta vez acompanhados por um coro de vozes que, num dialecto estranho, evocava os orixás.“É um cântico de amor a Iemanjá, a deusa das águas, para trazer luz e boa energia ao mundo”, explicou a baiana mais velha, que estava trajada de vermelho. “É um bom presságio para você, pois está vestida com as suas cores. Ela gosta de você”, disse à convidada.Sorrindo docemente, Simone sentou-se no chão e, pegando nas mãos daquela mulher negra que ainda olhava os búzios, disse com doçura: “Acredito que sim. Nada acontece por acaso, e se estou a viver estes momentos lindos na minha vida é porque o mereço.” Olhando para o céu nublado, agradeceu com três simples palavras: “Obrigada, obrigada, obrigada.”

terça-feira, 4 de novembro de 2008

CD Simone de Oliveira - Perfil - 50 anos




Já está no mercado a colectânea dos 50 anos de carreira de Simone de Oliveira. Chama-se Perfil e é composto pelas seguintes faixas:

Disco 1 - Os clássicos

1. DESFOLHADA PORTUGUESA
2. COMEÇAR DE NOVO
3. NEM EU NEM VOCÊS
4. NÃO TE PEÇO PALAVRAS
5. AVÉ-MARIA DO POVO
6. SENSATEZ
7. DE SAUDADE EM SAUDADE
8. JÁ OUVISTE O MAR
9. PRAIA DE OUTONO
10. CANÇÃO CIGANA
11. OLHOS NOS OLHOS
12. SOL DE INVERNO
13. CANÇÃO AO MEU VELHO PIANO
14. PINGOS DE CHUVA
15. NUNCA MAIS A SOLIDÃO
16. AS PALAVRAS QUE EU CANTEI
17. APENAS O MEU POVO
18. MULHER PRESENTE

Disco 2 - As versões

1 . YESTERDAY
2 . ESTRANHOS NA NOITE (STRANGERS IN THE NIGHT)
3 . NE ME QUITTE PAS (NÃO ME VAIS DEIXAR)
4 . ALGUÉM QUE TEVE CORAÇÃO (ANYONE WHO HAVE AN HEART)
5 . AS COISAS DE QUE EU GOSTO (MY FAVORITE THINGS)
6 . AQUELES DIAS FELIZES (THOSE WERE THE DAYS)
7 . MARIONETTE (PUPPETS ON THE SPRING)
8 . A BANDA
9 . FALAR COM OS ANIMAIS (DR. DOOLITTLE)
10 . EU DANÇARIA ASSIM (I COULD HAVE DANCE ALL NIGHT)
11 . QUANDO ME ENAMORO (QUANDO M'INNAMORO)
12 .ÉS A MINHA CANÇÃO (THIS IS MY SONG)
13 . QUE C'EST TRISTE VENICE
14 . TU SÓ TU (SOMETHING STUPID)
15 . ONDE VAIS (EDELWEISS)
16 . NO TEU POEMA
17 . GLÓRIA GLÓRIA ALELUIA
18. DESHOJADA (DESFOLHADA PORTUGUESA)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Simone ao vivo no Dª.Maria II - Algumas canções do meu (nosso) caminho

Título: Algumas canções do meu caminho
Autor: Simone de Oliveira
Publicação: BMG, 1992


Simone na altura estava em cena com "Passa por mim no Rossio". Foi, neste espectáculo, a primeira cantora de música ligeira a pisar o palco do nacional, num concerto. Curiosamente as portas do mesmo teatro foram fechadas à mesma Simone, na altura do espectáculo dos 50 anos.


O alinhamento do disco (um dos mais soberbos)


FAIXAS:

Disco 1:
1. Abertura orquestral.
2. Medley português.
3. Auto retrato.
4. Não é verdade.
5. Porto sentido.
6. Viagem.
7. Visita de camarim.
8. Cidade.
9. Je reviens te chercher.
10. Era o verde.
11. Poema em tom maior.
12 No teu poema.

Disco 2:
1. Carlos do Carmo - Estrela da tarde.
2. Apresentação.
3. À tua espera.
4. Labrador de quimeras.
5. Palavras gastas.
6. Tango ribeirinho.
7. Sete letras.
8. Apenas o meu povo.
9. Um amigo que eu canto.
10. Esta Lisboa que eu amo.
11. Desfolhada.
12. Final.

domingo, 26 de outubro de 2008

Simone em homenagem a José Carlos Ary dos Santos

Simone foi a voz feminina de Ary dos Santos. Muitas foram as palavras do poeta que são cantadas pela Simone. "Desfolhada", "Apenas o meu povo", "O nome", "A Cidade", "Sete Letras", "Avé Maria do Povo" e "Tango Ribeirinho" são alguns dos poemas que a artista canta.

No vídeo, numa gala da Operação Triunfo da RTP, Simone canta um excerto de "Apenas o meu povo".

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Simone - Vila Faia (2008)

Na vertente de actriz, Simone faz parte do remake de Vila Faia, no papel de Ifigénia (papel anteriormente interpretado por Mariana Rey Monteiro)
Neste vídeo promocional de Vila Faia, Simone fala-nos da relação Simone-cantora da Simone-actriz.



quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Discos de Simone - O Burrinho


Esta é a capa do 1º EP da carreira de Simone de Oliveira (que tenhamos conhecimento, claro está). É o disco ALVORADA MEP 60 103.

Como sabem os EP'S tinham, normalmente, 4 faixas apenas, duas de cada lado. Este de que se fala hoje tinha as seguintes cantigas:
  • O burrinho
  • Agora
  • Eh pá do fado
  • Vocês sabem lá
As faixas Eh pá do fado e Vocês sabem lá foram reeditadas, mais tarde, no CD da Série Ouro: Grandes Êxitos, Simone de Oliveira.

De seguida, deixo-vos a letra da cantiga Eh pá do fado que consta deste seu 1º EP. Letra: Fernando Farinha. Música: Mário José Lopes. Canta: Simone de Oliveira.

O fado perdeu a raça
aquela raça afadistada
deixou de ser desordeiro
e companheiro da ramboiada
Estas fadistas d'agora
trazem o fado virado
nas boites, nos salões
cantam canções
em vez de fado

Eh pá não fiques calado
eh pá canta lá o fado
o fado é assim, meus senhores
com o vinho da pipa a correr
assim malcriado e avinhado
é que o fado é fado a valer
o fado é assim, meus senhores
com o vinho da pipa a correr
assim malcriado e avinhado
é que o fado é fado a valer

O fado hoje é pra banqueiros
e pra estrangeiros e pra doutores
e os fadistas são artistas
não são fadistas, já são cantores
É cantado nas boites
assim armado em finório
o fado mudou de rumo
já tem consumo obrigatório

Eh pá não fiques calado
eh pá canta lá o fado
o fado é assim, meus senhores
com o vinho da pipa a correr
assim malcriado e avinhado
é que o fado é fado a valer
o fado é assim, meus senhores
com o vinho da pipa a correr
assim malcriado e avinhado
é que o fado é fado a valer

Eh pá não fiques calado
eh pá canta lá o fado
o fado é assim, meus senhores
com o vinho da pipa a correr
assim malcriado e avinhado
é que o fado é fado a valer.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Século Ilustrado - Março de 1969


Simone no Maxime

"Se perguntarem se eu ainda canto, respondam por mim."

Esta foi a frase final no concerto de Simone de Oliveira. Aos 70 anos (e 50 anos de carreira), a grande cantora das palavras, dos sentimentos, da raiva, dos amores e dos poetas deu um concerto que fica na memória de todo o público que esteve no Maxime

15 músicas, 60 minutos sabem sempre a pouco, quando temos uma Simone que canta cada vez mais com a alma. E com as mãos. E acima de tudo, com uma voz grave e quente, própria da artista.

A Rosa e a Noite, Sete Letras, Apenas o meu Povo, Sol de Inverno, entre outras, foram alguns dos êxitos que foram apresentados ao público.

Para quem esteve lá, a resposta à pergunta é apenas uma: Simone continua a cantar, com uma voz firme e com uma presença em palco inédito neste país.

domingo, 19 de outubro de 2008

"Eu, Simone, me confesso"

Com uma infância e uma adolescência felicíssimas, Simone de Macedo e Oliveira afirma ter tido os melhores pais do mundo (Guy de Macedo e Oliveira e Maria do Carmo Lopes da Silva). Nasceu no dia 11 de Fevereiro de 1938, em Lisboa às 00h30. Aos 8 meses, foi viver para uma quinta nos Olivais onde o pai era gerente de uma fábrica. Ali viveu até aos 10 anos. A cantora define-se, enquanto criança, como uma menina «pacífica, bonacheirona e gordinha, a quem não faltavam sequer caracóis. A minha mãe chamava-me "pé-põe", de tão pachorrenta que eu era. Tinha de facto uma brandura que pouco tem a ver com a genica de hoje e que, só mais tarde quando foi preciso, se revelou...»

Aos 19 anos casa-se porque achava que era isso que queria. Enganou-se e passados apenas dois meses, estava de volta a casa dos pais. Entrou em depressão e o médico deu-lhe como cura terapia ocupacional. Foi-se inscrever no Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional. Depois de a ouvir cantar, Mota Pereira perguntou-lhe “Mas onde é que você estava?”. Finalmente, Simone tinha descoberto o seu caminho. Depois, venceu o I Festival da Canção Portuguesa em 1958 quando este ainda era apenas passado na rádio. Tinha nascido uma nova estrela do nacional-cançonetismo, estrela essa que deixava adivinhar em cada nota da sua voz, a força com que cantava. Fez teatro. Estreou-se em 1962 no Avenida. E depois, o Parque Mayer. Noitadas com os colegas a ensaiar aquela cantiga ou a decorar aquele texto. Mais tarde os Festivais da Canção transmitidos pela RTP. Em 1965, cantou o Sol de Inverno, dos autores Nóbrega e Sousa e Jerónimo Bragança, que a levou a Nápoles. Já os seus filhos tinham nascido, a Maria Eduarda e o António Pedro, e Simone continuava a fazer o que queria e a dizer o que lhe apetecia.

“1969 é o ano da Desfolhada”. Canção que lhe foi parar às mãos por uma desistência de uma colega, Elisa Lisboa. Entrou em palco, mal vestida, mal penteada e com o poema mal decorado. Olhou e viu quem não queria ver no meio do público. “Felizmente que aquilo me deu para canalizar a raiva para a canção.” Ninguém ficou indiferente à raiva com que o “Quem faz um filho/ Fá-lo por gosto” foi cantado, poema de Ary dos Santos e música de Nuno Nazareth Fernandes. Poucos meses depois, perde a voz. O médico diz-lhe que não pode voltar a cantar e Simone, com dois filhos para criar, arregaça as mangas e atira-se ao jornalismo.

Em 1973, eis que a estrela volta a brilhar. Carlos do Carmo convida Simone para cantar num espectáculo e afinal, a estrela podia voltar a cantar! Desde aí, nunca mais parou. Revistas em tourneé pelo país, a gerência de um restaurante, as cantigas. No ano de 1984, Simone gravou o seu único disco de fados Simone mulher, guitarra. Foi reeditado em 2003 em CD e tem na produção Carlos do Carmo e na escolha dos poemas Ary dos Santos. Com cinco poemas de Ary e outros cinco de Luiz de Camões, Fernando Pessoa, Cecília Meireles, Florbela Espanca e Miguel Torga, Simone dá voz ao fado neste seu disco. Em 1988, estava em cena com a Revista “Canção Popular – Cheira a Lisboa”. A vida estava prestes a pregar-lhe outra partida. A Revista foi em tourneé para o Porto e foi aí, no camarim nº5 do Teatro Sá da Bandeira, que Simone descobriu o inevitável. Tinha cancro de mama. Mas ainda não foi dessa que a árvore se desfolhou. Foi operada, curou-se e continou a sua carreira.

Apresentou o Piano Bar na RTP e fez inúmeras peças de teatro e musicais entre elas o papel de Genoveva na Tragédia da Rua das Flores, Passa Por mim no Rossio, Maldita Cocaína, Marlene e, recentemente, Conversas de Camarim. Fez telenovelas como Roseira Brava, Vidas de Sal, Filhos do Vento, Senhora das Águas, Morangos com Açúcar, Tu e Eu e o remake de Vila Faia. Cantou poetas como Eugénio de Andrade (Adeus (palavras gastas)), David Mourão-Ferreira (Começar de Novo), Luiz de Camões (Alma Minha Gentil), Vasco Lima Couto (A Rosa e a Noite), entre muitos outros. Simone diz ter sido com a ajuda do seu marido, Varela Silva que tanto confraternizava com poetas, que se entregou à poesia nas cantigas e não só.

No cinema estreou-se em 1964 com Canção da Saudade. Ainda participou nos filmes Operação Dinamite, Cântico Final e A Estrangeira. Foi escolhida por Amália Rodrigues para representar Portugal no Festival da Canção do Rio de Janeiro com Começar de Novo de David Mourão-Ferreira. Foi também escolhida por Amália para actuar junto dela no Olimpya de Paris em 1967.

Em 2007, Simone comemorou os seus 50 anos de carreira fazendo o seu primeiro Coliseu, já em 2008, com o espectáculo "Um País chamado Simone".