domingo, 13 de dezembro de 2009

Quem tem boca vai ao Roma

Na década de 90 (1997-98), Simone de Oliveira e Carlos Quintas tinham um espectáculo musical no antigo cinema Roma: "Quem tem boca vai ao Roma". Um espectáculo musical com canções, humor, entrevistas e concurso.

Segue a capa do programa desse espectáculo.




sábado, 12 de dezembro de 2009

Gente Fina é outra coisa - RTP Memória

A RTP Memória está a transmitir a série dos anos 80, "Gente Fina é outra coisa". A série do humor português, tem um elenco de luxo: Amélia Rey Colaço, Ruy de Carvalho, Maria Rey Monteiro, Nicolau Breyner, Luísa Barbosa, Carlos César, Simone de Oliveira, Margarida Carpinteiro e Luís Esparteiro.

NA série, Simone faz de Leonor, segunda mulher de Ruy de Carvalho




domingo, 6 de dezembro de 2009

Ary

A homenagem de "O canto de Simone" a José Carlos Ary dos Santos


Reportagem do MIT 2009 - a homenagem a Simone

Fonte: site "A voz de Ermesinde"

A humanidade de Simone a nú

"Teve início a 18 de Novembro, a 12ª edição da Mostra Internacional de Teatro – MIT, certame que o ENTREtanto Teatro implantou na vida cultural de Ermesinde, ligando a cidade ao teatro do mundo.
Depois de, em edições anteriores, o MIT ter homenageado Geninha Rosa Borges (actriz brasileira), em 1999 – na primeira edição não houve homenagem –, Adelaide João em 2000 e depois, sucessivamente Raul Solnado, Júlio Cardoso, Carlos Avilez, Ruy de Carvalho, Natércia Campos, António Capelo, António Reis e Maria do Céu Guerra, o ano passado, chegou agora a vez de homenagear Simone de Oliveira, uma figura do espectáculo cuja carreira e cuja presença em palco muito a ligam ao teatro.

 
Foi toda uma noite de homenagem em honra de Simone, que o ENTREtanto muito bem fundamentou: «...Não podemos deixar de admirar quem abraçou uma vida inteira, a responsabilidade de pertencer a uma convicção, levando ao palco um dom invulgar (...). Uma carreira, entre outos méritos, marcada pelos prémios de interpretação, talento que impregna as actuações de Simone de Oliveira de dramaticidade e teatralidade. A forma como canta a paixão, a raiva e a revolta: o encanto, a força e as raízes que quase se tornam visíveis e que tal como uma árvore cravada à terra parecem manter cravada ao palco foram razões mais que muitas para esta homenagem (...)».

E todavia, esta excelência revelou-se sobretudo na tenacidade e raiva com que reagiu ao infortúnio, ou à cadeia de infortúnios que pontuou a sua vida. Como quando, no auge do sucesso, de repente, perdeu a voz e se viu obrigada a retirar-se. Só que Simone não se retirou, reeducou a voz, refez o seu gosto e a sua gestualidade e, movida pela grande alavanca do teatro, reaprendeu a interpretar as canções do seu reportório. Ou como quando, quase logo depois, perde o seu pai, que tanto a tinha acompanhado no lançamento da sua carreira. De tudo isso extraiu Simone força para se reequacionar e para crescer de forma insuspeitada.

No seu espectáculo “Intimidades”, aliás, Simone não só cantou como falou também de si e do seu sentir. Mostrou-se “patrioteira” e falou dos bósnios que assobiaram o hino nacional no jogo de futebol do Campeonato do Mundo, desejando responder a isso com um religioso silêncio ante o hino da Bósnia Herzegovina numa futura deslocação a Portugal, e beliscou Saramago, pelas peripécias que envolveram “Caim”.

Numa perfeita simbiose com o piano de Nuno Feist, Simone mostrou que possui afinal muitíssimo mais do que uma bela garganta, um poder interpretativo fascinante.

E falou dos seus poetas, de Torga, de Mourão-Ferreira, sobretudo de Ary dos Santos.

De seguida, continuou a expor-se, no video documentário exemplar coordenado por Júnior Sampaio e realizado por Tiago Soares.

Por fim, foi inaugurada a exposição em sua honra. "
Autor: Luis Chambel



Fotos URSULA ZANGGER