domingo, 13 de dezembro de 2009
Quem tem boca vai ao Roma
sábado, 12 de dezembro de 2009
Gente Fina é outra coisa - RTP Memória
NA série, Simone faz de Leonor, segunda mulher de Ruy de Carvalho
domingo, 6 de dezembro de 2009
Reportagem do MIT 2009 - a homenagem a Simone
A humanidade de Simone a nú
Fotos URSULA ZANGGER
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
Simone - RTP - Docas
NO vídeo que apresentamos, Simone faz de uma actriz internacional, com papéis essenciais para as respectivas tramas
Divirta-se
sábado, 21 de novembro de 2009
Simone em dueto - Rui Veloso
Reparem na alegria que Simone mostra a cantar esta cantiga. Anos mais tarde, a canção fez parte do trabalho "Algumas canções do meu caminho".
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Homenagem a Simone - Mostra Internacional de Teatro - VALONGO
Amélia Carrapito, produtora do ENTREtanto, afirmou à Lusa que esta homenagem surgiu da percepção de que Simone de Oliveira é "muito querida no Norte, em particular em Valongo", sendo uma forma de "também acariciar o público".
A mostra, que decorre entre hoje e dia 28, apresentará esta noite "Intimidades", de Simone de Oliveira e Nuno Feist.
Esta homenagem é um "evento que marca toda a Mostra Internacional e que pretende contribuir para a aproximação das várias faixas etárias e segmentos de público ao projecto de uma vida em palco, à entrega, tantas vezes difícil, do profissional do espectáculo", refere a organização desta iniciativa.
Simone de Oliveira tem já 50 anos de uma vasta carreira, marcada por festivais da canção, peças de teatro, musicais, programas de televisão e rádio, bem como cinema.
A artista conta com cerca de 80 títulos discográficos, digressões no estrangeiro e inúmeros espectáculos.
O MIT entende que "não pode deixar de admirar quem abraçou, uma vida inteira, a responsabilidade de pertencer a uma convicção, levando ao palco um dom invulgar"."
domingo, 25 de outubro de 2009
Simone e Publicidade - o novo anúncio da CGD
A CGD apostou em Simone para promover o seu produto "Caixa activa" para quem, com mais de 55 anos, ainda tem projectos de vida.
Simone dá o seu testemunho de tudo o que fez depois dos 55 anos: as novelas, o teatro, os Cds e DVD e, "aos 70...o meu primeiro Coliseu"
Segue o anúncio para quem ainda não viu
O Canto de Simone: "O céu é bom para mim"
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Simone de Oliveira recorda Amália
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Simone ao vivo -APAIXONADAMENTE - 01/Outubro - Vila do Bispo
De acordo com o Correio da Manhã, Simone actuará no próximo dia 01/Outubro em Vila do Bispo, às 16h
Ver notícia aqui
domingo, 27 de setembro de 2009
domingo, 20 de setembro de 2009
Dá-me Música (20/Setembro) - Sol de Inverno
Numa das equipas estava Simone de Oliveira (com Heitor Lourenço e Mariana Norton). Da outra, Anabela (com Eládio Clímaco, Serenella Andrade).
Simone cantou (acompanhada por Nuno Feist) a música vencedora do festival de 1965, Sol de Inverno. Apenas voz e piano
sábado, 19 de setembro de 2009
Simone ao vivo - Tango Ribeirinho
Durante o espectáculo, Simone que criou uma intimidade mágica com o público. Das crianças, aos adultos, todos ficaram a ver aquele momento único. Porque todos os espectáculos de Simone são momentos que não se repetem.
O fanOTico2 colocou no Youtube uma das músicas da Simone, Tango Ribeirinho
LInk: http://www.youtube.com/watch?v=-tqEm1F9o6U
domingo, 13 de setembro de 2009
A "outra" Simone
Link do vídeo: http://sic.sapo.pt/online/video/programas/sic-ao-vivo/2009/9/obrigado-cesar-mourao.htm
sábado, 12 de setembro de 2009
Simone, título de marcha...
Lisboa, 2008,
A marcha da Bica tem como tema da sua marcha, "Um Oceano chamado Simone".
Ganhou nesse ano o título de melhor letra
“Um Oceano Chamado Simone”
Tem alma de caravela
E uma onda à lapela
Que nunca há-de murchar
É filha do nevoeiro
Por isso conhece o cheiro
Que as ondas roubam ao mar
Nos lábios da nossa gente
Baila o seu nome que sente
Que ao descer a Avenida
Uma marcha popular
Não deve falar do mar
Sem também falar da vida
Um palco e uma plateia
Um sol, uma tempestade
O grito de uma sereia
O canto de uma saudade
Uma onda e um piano
Um céu e um microfone
Um barco e um oceano
Com o nome de Simone
Há quem lhe chame cidade
Por pressentir a verdade
Que na sua voz se diz
E por ouvir no seu canto
Cinquenta anos de espanto
Há quem lhe chame país
Mas eu que não tenho nada
Invento uma madrugada
Nas ondas do seu olhar
E descendo a avenida
Nesta marcha colorida
Prefiro chamar-lhe mar
REFRÃO
Letra: Tiago Torres da Silva
Música: Pedro Jóia
domingo, 30 de agosto de 2009
Homenagem a Raul Solnado e Morais e Castro
[Raul foi amigo de infância de Varela Silva e padrinho de casamento de Simone]
Os nosso pêssames às famílias.
Simone - 35 anos de carreira (1991) - Algumas canções do nosso caminho - Viagem
Algumas canções do meu [nosso] caminho foi um espectáculo que ficou na memória de todos os que gostas e admiram Simone. Das muitas imagens, o encontro entre Simone e Eunice Muñoz ficou como imagem de marca.
O autor le2256 publicou no Youtube alguns vídeos do espectáculo. O Canto de Simone coloca aqui um vídeo desse espectáculo
O Canto de Simone - Cidade, O Amigo que eu canto e No teu poema
Herman José apresentava o programa Parabéns. A convidada principal nesse dia era Simone de Oliveira. Na plateia a presença do filho de Simone e de Varela Silva.
Foi nesta entrevista que Simone falou, pela primeira vez, do seu problema de saúde (1988)
3 momentos musicais a ver com toda a atenção
No teu poema
(O Canto de Simone aproveita para agradecer ao autor do blog http://in-senso.blogspot.com/ pelos videos no Youtube e pela presença neste espaço)
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Recriações do Passa por mim no Rossio
Simone dá provas da sua arte (voz e presença nas tábuas do palco) que ficaram na memória.
As recriações foram para o programa de televisão "Maldito Cabaret" de Filipe Lá Féria
domingo, 2 de agosto de 2009
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Homenagem a Carlos Canelhas e Joaquim Luís Gomes
Também Joaquim Luís Gomes nos deixou. A ele se deve a orquestração da grande música de Simone de Oliveira, "Desfolhada"!
As nossas condolências.
domingo, 26 de julho de 2009
Cavalo à Solta cantado por vários cantores, entre eles Simone de Oliveira!
1ª parte do Festival RTP da Canção de 1986. Cavalo à Solta foi considerada a melhor canção de sempre e os vencedores do Festival até então cantaram-na na 1ª parte do Festival de 1986.
sábado, 25 de julho de 2009
Entrevista a Simone de Oliveira - «O meu nome é Simone e canto cantigas»
SF - Em nova era uma mulher muito interessante e continua a sê-lo. Como sente o inevitável passar do tempo sendo que, no seu caso, no seu caso não se trata de um envelhecimento…
Simone de Oliveira é filha de pai belga e mãe portuguesa. Aos 19 anos, foi-lhe aconselhada uma distracção e matriculou-se no Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional e o futuro ficou-lhe traçado.
Cantou pela primeira vez num Festival RTP da Canção em 1958. Nos dois anos seguintes, aliás, seria a grande vencedora daquele concurso.
São muitas as cantigas que nos levam a Simone de Oliveira e muitos os nomes que a acompanharam deste o tempo do teatro (estreou-se na Revista em 1962).
«Sempre que Lisboa Canta», «Tu», «Nos Teus Olhos Vejo o Céu», são alguns exemplos de êxitos que levaram à conquista do Prémio de Imprensa de 1963, um galardão que recebeu por diversas vezes, incluindo para a categoria de Melhor Cançonetista.
Foi um momento alto na carreira de Simone com vitórias sucessivas e a eleição de Rainha da Rádio. Sucederam-se os discos e os sucessos e nada pára a mulher conhecida como «A Força».
Ao vencer o Festival RTP da Canção, em 1969, conheceu o maior momento da sua carreira. Com letra de José Carlos Ary dos Santos e música de Nuno Nazareth Fernandes, a jovem Cantigas, Simone de Oliveira, abana as vidas portuguesas presas à ditadura quanto interpreta «Desfolhada Portuguesa». Poucos são os dessa época que alguma vez esquecerão a mulher que ousou proclamar: «quem faz um filho fá-lo por gosto».
Durante dois anos perdeu a voz, mas não a força. Jornalismo, rádio, locução de continuidade, apresentação do concurso Miss Portugal e espectáculos no casino da Figueira da Foz permitiram-lhe continuar até recuperar e regressar aos palcos.
Entre muitos momentos altos, destaque para 1977, ano em que foi convidada para participar no espectáculo do Jubileu de Isabel II de Inglaterra. Três anos depois, em Buenos Aires, no Festival da OTI, a orquestra, num gesto único, levantou-se para aplaudir. «À tua espera» recebeu ali o prémio de interpretação.
Comemorou as bodas de prata da sua carreira, com o programa televisivo «Meu Nome é Simone», depois de ter cantado com muitos dos grandes nomes da canção portuguesa e internacional.
Casada com o actor Varela Silva e mãe de dois filhos de um primeiro casamento, a sua impressionante força venceu um cancro de mama, tornando-se numa das imagens de luta contra a doença.
Detentora de uma personalidade irreverente, activista, forte e inabalável nas suas ideias, Simone da Oliveira oferece-se intensamente. Na paixão pela vida é o exemplo.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Adeus Palavras Gastas – Simone de Oliveira
Simone de Oliveira cantou Eugénio de Andrade na Gala da Mulher 2009, no Casino Estoril.
Adeus Palavras Gastas aqui numa interpretação soberba!
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Liberdade 21 - participação de Simone de Oliveira
Na série da RTP1, Liberdade 21, Simone faz se uma "avózinha alternativa"
Segue o episódio total
Parte 1
terça-feira, 7 de julho de 2009
Simone ao vivo - Serpa
Simone de Oliveira vai apresentar o seu espectáculo "Intimidades" em Serpa, no FESTIVAL NOITES NA NORA
Pela agenda do festival (disponível aqui), Simone irá actuar dia 24/Julho
domingo, 5 de julho de 2009
Foto de Simone

Da fotografia, reparem no olhar de Simone que consegue dominar toda a imagem
Discos de Simone - "Simone canta Nóbrega e Sousa"
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Simone no programa Contacto - SIC
(vídeo também disponível em http://sic.aeiou.pt/online/video/programas/contacto/2009/5/simone-de-oliveira.htm)
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Simone de Oliveira canta “A Canção da Saudade”
“Cena do filme "A Canção da saudade" onde Simone de Oliveira canta uma canção com o título do filme.”
sábado, 23 de maio de 2009
Entrevista de Simone - jornal SEXTA - 1ª parte

Simone é a Desfolhada Portuguesa, todos o sabem. Mas Simone é também Avé Maria do Povo, canção com versos de Ary dos Santos que entoa quando se lhe pede para escolher um poema.
Simone é forte mas chora, olha com serenidade para o passado mas apetece-lhe dizer «olá» quando vê, na RTP Memória, Varela Silva, seu último companheiro, desaparecido em 1995.
coitado, calhou-lhe esta filha...»
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Ainda Maria Solidão
“Simone reinaugurou a canção portuguesa. Introduziu-lhe modernidade, lucidez e dramatismo.
A canção portuguesa era um cartaz de turismo a esfacelar-se num tapume. Tinha galo de Barcelos, tinha fole de acordeão, tinha fandango. O sol era uma lâmpada de 25 velas pintada de amarelo.
A alegria era um esgar sem cálcio. Vivia do lugar-comum, da quadra e da charanga.
Simone reinaugurou-a. Estilhaçou-lhe a estrutura rígida. Deu-lhe maleabilidade, comunicou-lhe humanidade, tornou-a habitável.
Simone intelectualizou-a, conferiu-lhe um significado, criou para ela uma linguagem certa, clara e funcional. Deu-lhe uma expressão, uma dimensão humana.
Simone invadiu-a de sensibilidade. Preencheu essa faixa vazia que está entre a palavra e a emoção.
A canção portuguesa era um manequim de museu de arte popular, com um riso de papelão e brincos de filigrana. A canção portuguesa foi actualizada e humanizada… Simone criou um estilo que é suficientemente amplo, rico e flexível para suportar um repertório. Simone não é riso que canta nem um autómato que gesticula. Cada canção é uma forma. Cada canção exige uma interpretação. Simone compreende as palavras que profere. A canção de Simone pertence-lhe, identifica-se com ela. As palavras não têm existência autónoma. É Simone que lhes dá sentido, força emocional, densidade.
Simone não é a voz obediente que articula rimas e ondula no perfil da melodia.
A canção está nela e nunca é igual.
…. Simone está entre Maysa, com a sua tristeza dolente e Piaf, com o seu desespero frenético.
Se souber exigir para o seu talento as palavras e a música do tempo e do estilo que lhe pertencem, Simone será a actriz e a voz de toda uma década.”
ARTUR PORTELA, filho
In Rádio e Televisão
O canto de Simone - Maria Solidão
A canção faz parte de um disco onde fazem parte o êxito "Olhos nos Olhos"
Nóbrega e Sousa/Jerónimo Bragança
Quem me fez mal
Afinal foi a vida
Eu quis viver
O prazer sem medida
Não pensei nada mais
Quis viver e perdi
Coração
E ganhei solidão
Tens ao dispôr
O amor que foi nosso
Ao menos tu
Sê feliz, eu não posso
Eu sei que já vou
A descer ao porão
Sem amor, sem ninguém
Sem perdão
Vou por aí
Sem saber o caminho
Já me esqueci
Do que é ter um carinho
Quem me vê nem supõe
Ser assim, ser tão só
Faz-me doer ter amor
E não ter
Mas tens ao dispor
O amor que foi nosso
Ao menos tu
Sê feliz, eu não posso
Eu sei que já vou
A descer ao porão
Sem amor, sem ninguém
Sem perdão
Sou infeliz ou feliz
Já não sei bem
Já não sou eu
Sou alguém que se perdeu
Sou um pregão
A gritar por aí
A saudade, ciúme, remorso, pecado
Traição
Vem tu também
Ao leilão
Quem quer comprar
Solidão
Fonte: http://oblogdoanao.blogs.sapo.pt que disponibilizou o vídeo no Youtube.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
sábado, 2 de maio de 2009
O canto de Simone - Fim de Romance
Nele, Simone canta "Fim de Romance". O programa de Artur Agostinho é de 1962. Simone estava no início da sua carreira, dando os primeiros passos numa carreira de sucesso.
O que mais me chamou à atenção neste vídeo foram as expressões de Simone e a vida que deu à música.
Simone prova ser uma artista única. Com um estilo próprio e uma maneira de cantar tão própria que gera amor ou desamor.
Porque é merecido, um destaque merecido à música de uma qualidade excepcional
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Apresentação do espectáculo "Conversas de Camarim" - 2006 - SIC
domingo, 26 de abril de 2009
Simone e os 50 anos de carreira....de Alvim
A reportagem é do programa da TVI Caia quem Caia onde Simone foi apanhada numa entrevista hilariante
Simone e Vitor de Sousa em Loulé - conferência "Horizontes do Futuro"
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Simone em entrevista à revista CARAS
“Tenho sido posta à prova durante toda a minha vida”
(entrevista retirada do site caras.pt. Texto de Cláudia Alegria. Destaques da responsabilidade da equipa do "O Canto de Simone")
Ao longo dos seus 71 anos, a cantora já foi vítima de violência doméstica e superou dois cancros da mama. É uma mulher de garra, de paixões assolapadas. Vive intensamente as alegrias, os sucessos, os problemas... enfim, a vida. São 71 anos de reconhecido talento para a música e para a representação, durante os quais também enfrentou muitas vicissitudes e contrariedades. A primeira foi aos 19 anos, quando percebeu que era vítima de violência doméstica. Por isso, ao fim de apenas três meses de casada, decidiu fugir de casa. Pouco depois entrou em depressão, da qual só conseguiu sair graças à música. Enfrentou duas vezes o drama do cancro da mama: o primeiro há 21 anos, o último há dois. Amarguras que nunca lhe conseguiram roubar a alegria de viver. “Adoro viver! Continuo a gostar de sair à noite, de guiar, de beber um copo”, assegurou Simone de Oliveira nesta entrevista à CARAS.
– Comemorou recentemente 50 anos de carreira, 71 de idade. Apesar de todas as contrariedades, o balanço de vida continua a ser positivo?
Simone de Oliveira – Com certeza. Uma pessoa que chega a esta idade, que tem a sorte de ser entrevistada para a CARAS, é estar no pico do mundo! [risos] Têm sido 70 anos muito bons, misturados com alguns balanços de saúde menos positivos, mas, uma vez mais, ultrapassados. Estou convencida de que tenho uma ‘estrelinha’ que me tem apoiado. Não digo que seja Deus, porque não vou muito por aí...
– Mas é católica?
– Sim, mas não sou praticante. Sou baptizada, fiz a Comunhão Solene e o Crisma, e, infelizmente, casei-me pela Igreja.
– Infelizmente porquê?
– Porque mais tarde isso me impediu de muitas coisas, inclusivamente de baptizar os filhos que tive posteriormente, noutra relação. Tive de esperar dez anos para que eles não ficassem com o nome do meu primeiro marido.
– Sente que tem sido constantemente posta à prova?
– Sinto. Aliás, começou muito lá atrás...
– Com uma depressão aos 19 anos, por causa do seu primeiro casamento…
– Sim, fui vítima de violência doméstica. Casei-me aos 19 anos, mas separei-me logo. Tive medo e fugi. Hoje fala-se muito de violência doméstica, mas há 50 anos toda a gente tinha vergonha de falar nisso e medo de voltar para casa. Mas eu tive a sorte de ter um pai e uma mãe brilhantes.
– Há dois anos descobriu outro tumor maligno na mama, 20 anos depois de ter combatido o primeiro. Sentiu diferenças na forma como foi tratada?
- Senti diferença no método e na forma de tratamento. Há 20 anos fiz 50 sessões de radioterapia e desta vez fiz mais 35. Agora entrei numa espécie de nave espacial, com raios laser e portas de aço, da outra vez entrei numa casinha, deitei-me numa marquesa com um aparelho muito grande por cima de mim, e a única coisa que ouvia era o bater do meu coração e o tiquetaque do relógio. A senhora que trabalhava naquele consultório disse-me que um dia havia de morrer de cancro, e morreu, porque a sala não tinha protecção nenhuma... Desta última vez fiz os tratamentos durante as gravações de uma telenovela, porque não me senti agoniada nem maldisposta.
– Chorou nessa altura?
– Não, desta vez não chorei. Da outra vez chorei duas vezes violentamente, uma delas agarrada às mãos do meu filho. Eu fujo à frente do medo! Nunca deixei de fazer os exames de seis em seis meses, mas a verdade é que das duas vezes fui eu quem se apercebeu de que algo estava errado, o que os médicos acabaram por confirmar. Tenho tido muita sorte... Desejava ardentemente que todas as mulheres que passam por isto tivessem sempre a sorte que eu tenho tido. Claro que cada tumor é um tumor, cada pessoa é uma pessoa, mas também acredito muito na força da nossa mente.
– Com uma vida tão rica, o que lhe falta ainda fazer?
– Morrer... Tenho 71 anos, dois filhos, quatro netos, tenho os prémios todos deste país, as condecorações, continuo a ter a voz óptima, um cabelo maravilhoso... Um dia destes saio de casa, levo com um tijolo na cabeça, e acordo a cantar a Desfolhada para o São Pedro. O que me falta fazer? Já não vou ter uma casa com piscina, nem ganhar discos de platina ou tão-pouco cantar mais 50 anos e viver mais 70.
– Continua a deixar o candeeiro da sua sala aceso, como passou a fazer desde que o seu marido, Varela Silva, morreu?
– Sim, continua aceso nesta altura, mas um dia destes perco esse hábito.
– Já tentou fazê-lo?
– Já, mas depois chego à rua e acabo por voltar atrás para o acender.
– Sente o peso da solidão?
– Há ocasiões. Eu sou naturalmente uma pessoa solitária, embora tenha muitos amigos à minha volta. Vivo sozinha e às vezes não é muito confortável chegar às 11h da noite e pensar que me pode acontecer alguma coisa e não ter tempo de chegar à porta...
– Nunca ponderou voltar a partilhar a sua vida com alguém?
– Tenho uma casa de duas assoalhadas. Se entrasse alguém por uma porta, eu teria de sair por outra! [risos] Não viveria jamais com ninguém.
– Jamais?
– Estou tão bem assim... Saio com quem quero, almoço e janto com quem quero... Vivi 33 anos com o Varela, 17 dos quais maritalmente... Não voltaria a viver dentro da mesma casa com outro homem. Tinha de ser alguém alto, bonito, com uma idade compatível com a minha, inteligente, rico, não chato, e viúvo ou divorciado, para poder estar comigo calmamente. Não dava muito jeito agora ter de andar a fugir de porta em porta... Já o fiz há muitos anos, não tenho vergonha nenhuma de o dizer. Mas com esta idade, ainda por cima com uma prótese da anca, tinha que andar de bengala rua acima rua abaixo, não dava jeito nenhum!
quarta-feira, 15 de abril de 2009
"Porque É Que Nunca Ganhámos A Eurovisão?" - espectáculo com Simone
Simone e Amália @Piano Bar
domingo, 12 de abril de 2009
Simone - Os Gatos
O espectáculo é a Vez e a Voz, espectáculo de comemoração dos 25 anos de carreira de Simone
segunda-feira, 6 de abril de 2009
40 anos de Desfolhada - Simone no "Uma canção para ti - 2009"
quarta-feira, 25 de março de 2009
40 anos de desfolhada - Histórias do festival
O festival realizou-se nesse ano no Teatro Municipal de S.Luís e foi apresentado pela actriz Lourdes Norberto, que foi muito criticada pela imprensa da época tendo fechado o evento a fadista Maria Teresa de Noronha."
Notícia retirada do site: http://tv1.rtp.pt/noticias
40 anos com Desfolhada - Simone nos anos 80
Simone participa num espectáculo de homenagem a Hermínia Silva. No vídeo a Desfolhada num tom de fado. A sensualidade e a interpretação próprias de uma artista chamada Simone
sexta-feira, 20 de março de 2009
40 anos de desfolhada - Madrid
Uns dias antes Simone ganhava o festival no Teatro S.Luiz, em Lisboa.
Como a própria afirma, "sabia muito mal o poema e vi quem não deveria ter visto na plateia. Podia ter dado para fugir...."
Depois de Madrid, o país mergulha em estado de "Simonite". Os muitos concertos levam a que, em poucas semanas, Simone perca a voz que a tornou a menina dos festivais
domingo, 15 de março de 2009
40 anos de Desfolhada - A visão de Espanha

40 anos de Desfolhada - O poema
Corpo de linho
lábios de mosto
meu corpo lindo
meu fogo posto.
Eira de milho
luar de Agosto
quem faz um filho
fá-lo por gosto.
É milho-rei
milho vermelho
cravo de carne
bago de amor
filho de um rei
que sendo velho
volta a nascer
quando há calor.
Minha palavra dita à luz do sol nascente
meu madrigal de madrugada
amor amor amor amor amor presente
em cada espiga desfolhada.
Minha raiz de pinho verde
meu céu azul tocando a serra
oh minha água e minha sede
oh mar ao sul da minha terra.
É trigo loiro
é além tejo
o meu país
neste momento
o sol o queima
o vento o beija
seara louca em movimento.
Minha palavra dita à luz do sol nascente
meu madrigal de madrugada
amor amor amor amor amor presente
em cada espiga desfolhada.
Olhos de amêndoa
cisterna escura
onde se alpendra
a desventura.
Moira escondida
moira encantada
lenda perdida
lenda encontrada.
Oh minha terra
minha aventura
casca de noz
desamparada.
Oh minha terra
minha lonjura
por mim perdida
por mim achada.
letra de José Carlos Ary dos Santos
sexta-feira, 13 de março de 2009
40 anos de Desfolhada - o vinil

No vinil de Simone do festival de 69 as músicas eram:
Desfolhada Portuguesa
Cinco quadras Cinco Pedras
Ave-Maria do Povo (considerada como uma das mais políticas do reportório de Simone)
quarta-feira, 11 de março de 2009
40 anos de Desfolhada - O vídeo do festival RTP da canção
O video é bastante conhecido. Corresponde à interpretação de Simone no festival RTP da canção que conduziu ao primeir lugar nesse ano.
A interpretação depois da vitória, ao contrário do que publicamos não existe na RTP. Vários foram os momentos da carreira de Simone que perdemos rasto. Mas a memória dos seus admiradores permite transmitir aos mais novos partes dessas memórias.
Obrigado pelo vosso contributo
sexta-feira, 6 de março de 2009
40 anos de Desfolhada - A canção mais mobilizadora e entusiasmante do festival

quinta-feira, 5 de março de 2009
40 anos de Desfolhada - #3 - Simone e a "Desfolhada"

quarta-feira, 4 de março de 2009
40 anos de Desfolhada - #2 - Deshojada

En 1969, Eurovisión en Madrid. Simone de Oliveira vuelve a intentarlo por Portugal con "Desfolhada" ("Deshojada"). El título original de la canción sonaba tan mal en la España de Franco, que automáticamente fue traducida al castellano. Así, en el rótulo se puso "Deshojada", y Uribarri, que se estrenaba ese año como comentarista de Eurovisión, tampoco se atrevió a pronunciar el título en portugués. El tema quedó en el anteúltimo puesto.
segunda-feira, 2 de março de 2009
40 anos de desfolhada #1

"Mãe, cante bem. Cante para mim"
(Pedido feito pela filha da Simone antes do festival)
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Simone 1969 - 40 anos de Desfolhada

Março de 1969 - O festival RTP da canção desse ano ficaria marcado pela canção de José Carlos Ary dos Santos e de Nuno Nazareth Fernandes - A Desfolhada.
Escrita, numa primeira fase para Amália Rodrigues, teve como primeira escolha Elisa Lisboa e como segunda escolha Madalena Iglésias.
Mas foi Simone que lhe deu vida e voz no palco do teatro S.Luiz e no teatro real de Madrid. O verso "Quem faz um filho fá-lo por gosto" foi cantado de tal forma que chegou aos dias de hoje.
A foto (retirada do blog Rua dos dias que voam), mostra a Simone desse ano
Este vai ser o mês da DESFOLHADA aqui no Canto de Simone.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
“É a nossa maior diva.” – Simone de Oliveira em entrevista exclusiva à revista TV Guia – 2ª parte
Que foi uma consequência de…
… violência doméstica. De um casamento de onde fugi por violência doméstica. Foi um tratamento que foi preciso inventar ao tempo – a minha filha vai fazer 50 anos, e não é certamente dessa ligação –, pois não havia nada. Quero dizer, não havia o que há hoje, a psiquiatria, a psicologia, o Xanax, os Prozacs…
Não quer falar, e eu, evidentemente, respeito isso. Mas foi uma violência muito marcante?
Eu fugi.
Foram três meses. O casamento durou três meses…
Sim. Talvez nem tanto.
Mas casou-se por amor?
Acho que sim. Devia estar um bocadinho distraída. Repare: você ponha isto há cinquenta anos. Tinha 19 anos quando casei. E as mulheres casavam e tinham filhos e ficavam em casa a tomar conta das crianças…
… e era esse o seu objectivo de vida, aos 19 anos?
Não, eu teria sido… [pausa] Nunca pensei cantar. Jamais, em tempo algum. O meu sonho era ser professora de Germânicas.
Namoravam, casavam e tinham uma vida tranquila. Era esse o sonho das mulheres de então?
Era o objectivo de qualquer rapariga de 18 anos, daquela altura, em 1956. Uma vida pequeno-burguesa. O meu pai era chefe de uma fábrica, não era português. Talvez daí o meu lado um bocado diferente de uma mulher completamente portuguesa. O meu pai era um homem verdadeiramente extraordinário, brilhante. O meu pai era, e ainda é, o homem.
Como é que o seu pai reagiu quando soube que a sua filha ia casar-se aos 19 anos?
Tranquilamente. Naquela altura era normal. Era normal casar-se pela Igreja… Haveria já uns casamentos civis, mas muito poucos, muito poucos.
Portanto, casou pela Igreja?
Casei, casei. Em 1957, ou 56, já nem me lembro!
Esta é a 2ª parte de uma grande entrevista de Simone de Oliveira à TV Guia da semana de 13/02/09 a 19/02/09. Pedimos desculpa pela qualidade das fotografias mas foi a única maneira de as podermos partilhar convosco. Esperamos compreensão.
Imprensa - Simone - "Confesso que vivi"
A editora da revista anunciava, assim, a entrevista
"Palavras para quê, é uma artista portuguesa que todos conhecem. Todos, talvez não... As gerações mais novas não têm essa sorte. O meio artístico português é cruel para com os consagrado. Simone de Oliveira está na nossa capa e está muito bem" (Maria José G. Sousa)
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Canto de Simone - Era o verde
Era o verde
Era o verde
Que havia no teu olhar
Que de tão verde e brilhante
em tudo se parecia
Com outro verde que havia
No mar, no céu,
na maresia
Daquela terra distante
Era o verde
Era o verde
Que havia no teu olhar
Era a terra
Era a terra
Que entrava naquela casa
Onde janelas imensas
Sem cortinas penduradas
Rasgam paredes caiadas
E o amor é guarda-vento
Nas portas escancaradas
Era a terra
Era a terra
Que entrava naquela casa
Era a força
Era a força
Por dentro da madrugada
Ela sim, senhora e dona
De mandar embora o vento
Daquela casa encantada
Onde o Sol para se aquecer
Ficou a morar na escada
Era a força
Era a força
Por dentro da madrugada
E assim a gaivota filha
Parida deste sonhar
que tem sido a minha vida
É a terra e mais a força
Tem verde mar no olhar
É o meu país saudade
A crescer noutro lugat
Ai a terra
Ai a força
Ai o verde
Ai o mar
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Discos de Simone - À Tua Espera

À Tua Espera
(ToZé Brito/Pedro Brito)
Canção concorrente ao Festival O.T.I. 1980
Lado 2
Te Espero
(ToZé Brito/Pedro Brito/A. Garrido)
Fialho Gouveia, jornalista da RTP que acompanhou Simone no Festival O.T.I. 1980, contava que durante o ensaio geral, depois de Simone ter cantado "À Tua Espera" a orquestra não se conteve e levantou-se para aplaudi-la. Sempre a nossa Simone!
À Tua Espera
Primeiro são os teus passos pela escada.
A madeira a dizer-me que chegaste.
Depois a porta a pouco e pouco aberta.